Angelo De Capua









Biografia
Angelo De Capua é um ilustrador que entrou no mercado profissional em 2009 como chargista de diversos jornais de sua cidade. Em seguida migrou para a área de ilustração de livros e card games. Em 2014 venceu o concurso internacional de melhor fã arte baseado na série de TV Vikings organizado pelo The History Channel. No ano de 2016 começou a trabalhar desenhando cards colecionáveis (sketc cards) dos personagnes da DC Comics o que abriu a porta para trabalhar no mesmo segmento para a Marvel Comics em 2017.
Atualmente continua trabalhando com cards colecionáveis e gerenciando seu curso de desenho e seu estúdio de produções artísticas.
Eloy artes: Como e quando você começou a desenhar?
Angelo: Bom difícil dizer ... Me lembro de ter uns 6 anos de idade quando peguei uma revista com um desenho de um cachorro e copiei. Meus pais ficaram impressionados com a qualidade da cópia. Depois com 8 anos eu passava o dia todo vendo desenhos animados do Batman e Superman e dos X-men e do Homem- Aranha dos anos 90. Enquanto eu assistia eu desenhava uma cena baseada no episódio que eu havia visto.
Eloy artes: Quais suas influencias ?
Angelo: Creio que todo artista acaba tendo centenas de influências. Mas eu diria que alguns pilares da minha educação artística em ordem foram Mozart Couto com seu estilo incrível de fazer guerreiros e monstros, com muitos detalhes na musculatura, armas, roupas e cenários.
O segundo foi provavelmente a maior das minhas influências, o mestre Alex Ross. Foi por causa dele que eu decidi começar a pintar, e por 7 anos eu estudei e trabalhei com um estilo bastante hiper- realista como o dele. O terceiro foi Ricardo Federicci um artista do mesmo nível do Alex Ross mas não tão famoso. Ele abriu minha mente pra novas formas de trabalhar com a tinta que fizeram meu trabalho evoluir muito.
o último foi Alex Horley um artísta mais conhecido no mundo dos games por trabalhar a anos fazendo artes para jogos como Warcraft. Ele foi meu guia para me afastar do hiper- realismo e conseguir construir uma identidade e um estilo próprio pra mim e que me ajudou a produzir em um ritmo e em uma qualidade cada vez mais exigido pelo mercado.
Eloy artes: Fale um pouco sobre seus projetos?
Angelo: No momento eu tenho meu studio de criação, e estamos desenvolvendo livros ilustrados sobre culturas antigas. É o que eu posso revelar no momento...
Eloy artes: Que dicas você pode dar para quem quer ser um desenhista de quadrinhos ou ilustrador?
Angelo: Eu nunca fui um quadrinista. Mas o que eu ouvi de diversas agências e colegas renomados desse ramo é que se você deseja trabalhar com quadrinhos você precisa apresentar páginas completas desenhadas para os avaliadores. Outra dica importante é que o quadrinista é primeiramente um contador de histórias, então suas páginas precisam ser focadas em fazer o espectador se entreter com a sequência de imagens que estão sendo apresentadas querendo sempre virar a página para ver mais.
Quanto ao Ramo da Ilustração creio que a primeira coisa que um ilustrador deve fazer é definir que tipo de ilustrador ele quer ser e em quais áreas ele deseja trabalhar. Se o ilustrador pretende trabalhar com tudo ele terá que ter uma mente disposta a aprender diversos estilos diferentes e a trabalhar com diversas ferramentas artísticas diferentes, desde as manuais até as digitais. Ou o ilustrador pode querer focar em uma área como games digitais, games analógicos, caricaturas, ilustração pra livros, criação de mascotes e logomarcas e etc... Nesse caso seria bom o ilustrador manter o foco em trabalhar com esses temas para se tornar cada vez melhor em executar esse tipo de trabalho e ganhar um nome cada vez mais forte nesse nicho.
Eloy artes: Você estudou em alguma escola?
Angelo: Quando eu fiz 16 anos eu entrei em uma escola de pintura. Estudei 3 anos nela. Com 19 eu já estava trabalhando como ilustrador para dois jornais da minha cidade mas, eu não queria ficar nisso pro resto de minha vida, então fiz um curso profissionalizante de 3 meses no SENAC para me tronar um Ilustrador. O curso me ajudou a evoluir em alguns aspectos do desenho e me ajudou muito na parte de lidar com clientes.
Eloy artes: .Como você tem visto o mercado de quadrinho e ilustração nacional qual sua opinião sobre o mercado?
Angelo: De um modo geral creio que nunca esteve tão bom. Temos hoje cursos universitários para designers de jogos, temos as maiores convenções de quadrinhos da América latina, temos estúdios que agenciam e leiloam artes para o mercado internacional, temos financiamentos coletivos de estória independentes, em fim... Oportunidades não faltam.
Eloy artes: Quais personagens gostaria de trabalhar?
Angelo: Dos quadrinhos o Conan, Hellboy e KISS. Dos games todos os da lore de Warcraft.
Eloy artes: Qual sua rotina de trabalho você curte trabalhar com musica ou no silencio?
Angelo: Minha rotina de trabalho é bastante irregular e puxada. A maior parte do ano eu trabalho fazendo artes pra sketch cards tanto para a Marvel quanto pra DC Comics. Nesse tempo eu trabalho cerca de 10 a 14 horas ás vezes até 18hrs durante 4 dias por semana para poder cumprir os prazos. eu ainda intercalo isso com minha aulas pois sou professor de desenho a 10 anos e além de desenhar por todas essas horas, ainda dou 15 horas de aula por semana. Ainda tem que sobrar tempo para namorar e ir na academia pelo menos 5 dias por semana, pois se um artista passa muitas horas sentado, uma hora a saúde vai acabar ficando comprometida.
Eloy artes: Como é trabalhar para as editoras Americanas?
Angelo: Como tudo na vida, tem seus prós e seus contras. Pra mim os prós superam bastante os contras. Creio que o mais difícil seja cumprir os prazos e manter a qualidade que o artista deseja nos trabalhos, pois geralmente eles pedem 40 ou 50 desenhos para serem entregues em 35 dias, e nunca pode atrasar. Mas os prós são trabalhos novos o ano todo, dinheiro pago garantido e o nome que o artista consegue construir para sí mesmo que atraem outros clientes e abre espaço para empreendimentos lucrativos.
Eloy artes: Qual seu personagem preferido?
Angelo: Conan o Bárbaro
Eloy artes: Deixe uma mensagem para o mundo?
Angelo: Para descobrir sua vocação, pense em algo que de trabalho para ser feito mas que você já gosta de fazer naturalmente sem que ninguem tenha que te pagar pra fazer. Essa provavelmente vai ser uma área onde você terá sucesso.
Entrevista com Marcelo Alves
Mestre em linguística,professor,escritor e roteirista






Biografia
Marcelo Alves é Mestre em Linguística pela UERJ, é professor, escritor e roteirista. Foi diretor, produtor e roteirista do curta de animação Ouvir estrelas (2013); co-autor do livro de poesia Quatro estações: o trevo (edição independente, 1999, reeditado em 2012) e do livro de contos Prosas Cariocas: uma nova cartografia do Rio de Janeiro (Editora Casa da Palavra, 2004). Escreveu também para o caderno Ideias, do Jornal do Brasil, para o site de literatura Paralelos.org. etc. É autor da HQ Estella Vic: 1922 e o Manifesto Futurista (2018) e da HQ Machado de Assis: caçador de monstros. Atualmente está em campanha de crowdfunding para publicar Machado de Assis: caçador de monstros Vol. 2.
Eloy artes: Com quantos anos você começou a se interessar pela literatura. Um pouco antes de aprender a ler, pois sempre tivemos livros em casa e minha mãe comprava e me deixava familiarizado com o universo dos livros e dos quadrinhos.
Eloy artes: Tem algum livro que marcou sua infância. Eu não lembro de um livro especificamente, mas de uma série que me marcou muito. A série Vaga-lume, da Editora Ática. Dentre eles, o Escaravelho do Diabo. Também muito importante foram as revistas em quadrinhos, principalmente as da Marvel.
Eloy artes: Você escreve, contos, poesias, roteiros, qual você curte mais fazer. Eu me considero um contador de histórias, rssss... Tenho um livro de poesia, participei de uma coletânea de contos, dois livros em quadrinhos, um roteiro de curta de animação. Gosto dessas experiências e acredito que os gêneros textuais vão se complementando, de alguma forma, fortalecendo a minha escrita. No momento, roteiro para história em quadrinhos e roteiro para o mercado audiovisual (é o que tenho estudado atualmente).
Eloy artes: O que levou você a escrever roteiros para quadrinhos. Recuperar um pouco dos sonhos de moleque para seguir em frente com mais alegria pela vida.
Eloy artes: Fale um pouco sobre seus projetos. Tenho interesse em produzir histórias em quadrinhos que sejam capazes de mostrar a nossa cultura, mas de forma comercial, como um negócio, com personagens e narrativas que possam se tornar multiplataforma, pois acredito que temos muito material, a História do Brasil, para criarmos entretenimento com a marca da nossa cultura. Então em geral tem sido um material com fundo histórico em uma trama de aventura e fantasia, como o caso de Machado de Assis: caçador de monstros, e Estella Vic: 1922 e o Manifesto Futurista (uma HQ de aventura que se passa na Semana de Arte Moderna). Atualmente estou em campanha de crowdfunding com livro em quadrinhos Machado de Assis: caçador de monstros Vol. 2. Na história, que possui influências do mangá, temos um jovem Machado de Assis ao lado de seus principais personagens literários vs. O médico e o monstro! Uma nova aventura pelas ruas do Rio Antigo no séc. XIX. Quem quiser saber mais, este é o link: www.catarse.me/machadodeassis2
Eloy artes: Como você tem visto o mercado da literatura e dos quadrinhos hoje no Brasil. Acho que melhorou bastante a distribuição com o advento do ecommerce e as redes sociais, mas ainda sofremos dos mesmos problemas estruturais desde o início do século XX: todo um mercado editorial que aposta no pagamento de Direitos Autorais com materiais que já deram certo no mercado exterior, que já pagaram seus custos em seus respectivos países; e que se arrisca muito pouco na produção de originais, visando o licenciamento de produtos. A gente precisa produzir mais propriedades intelectuais por que o grande motor deste século vai ser a Economia Criativa. No caso do mercado editorial, narrativas que sejam capazes de alimentar outras plataformas como games, cinema etc.
Eloy artes: Que dicas pode dar para quem quer ser escritor. Ler bastante. Se possível, material diverso, e buscar estabelecer uma rotina, tanto para a leitura, quanto para escrita. Faço um desafio para você que quer se tornar escritor: ler um livro por semana e/ou escrever no mínimo uma lauda por dia. Escrever tem muito mais a ver com a disciplina, com a técnica do que o dom da escrita por si só.
Eloy artes: Qual sua rotina de trabalho gosta de escrever no silencio ou ouvindo música. Eu busco escrever em silêncio. Mas me preparo ouvindo muita música antes, rssss...
Eloy artes: Deixe uma mensagem para o mundo.
Sempre vai haver trabalho para os criativos. E criatividade, não importa sua área de trabalho, tem
a ver com foco. Parece haver no mundo uma distração sem limites, tóxica, que vai comprometer
muita gente, mas não aqueles que estão focados no que querem produzir. Busque o foco naquilo
que você acredita em seu trabalho.
Entrevista com o ilustrador e quadrinista
João Pinheiro






Eloy artes: Como e quando você começou a desenhar?
Desde muito pequeno, como a maioria de nós. A diferença é que eu nunca parei, porque sou teimoso. Das minhas mais remotas lembranças da primeira infância, a maioria envolve desenho. No começo eu desenhava enquanto via os desenhos animados na tv, tipo He-man e principalmente a turma do Pica-pau. Depois que aprendi as ler, mergulhei nos gibis e essa passou a ser minha fonte de referência.
Eloy artes: Quais suas influencias ?
Minha maior influência foi ter feito cursos de desenho, quadrinhos e pintura na oficina Alfredo Volpi de Itaquera. Ingressei lá quando tinha 13 anos e conheci uma porrada de pessoas envolvidas com cultura aqui na área. Esses anos de aprendizado, com professores e colegas, me formaram e continuam comigo em tudo que eu faço.
Eloy artes: Fale um pouco sobre seus projetos?
Nesse exato momento, estou trabalhando em uma HQ sobre dois jovens moradores da periferia que usam o pixo como válvula de escape para seus problemas, mas acabam se envolvendo em uma confusão aleatória que transforma para sempre seus destinos. Provisoriamente essa HQ se chama A TRAGÉDIA DOS CÃES e deve ser lançada no ano que vem pela editora Veneta. Também continuo trabalhando no meu projeto de vida que são meus registros urbanos da periferia postados no site: https://vagulino.tumblr.com E um milhão de outras coisas que virão à luz no momento certo.
Eloy artes: Que dicas você pode dar para quem quer ser um desenhista de quadrinhos ou ilustrador?
Desenhe todos os dias, pratique a observação direta da realidade e leia - leia muito e de tudo, literatura, revistas, jornais...
Eloy artes: Você estudou em alguma escola?
Estudei primeiramente na oficina Alfredo Volpi de Itaquera e fiz faculdade de artes na universidade São Judas. Mas a faculdade eu abandonei no último mês, então não sou formado.
Eloy artes: .Como você tem visto o quadrinho nacional qual sua opinião sobre o mercado?
Mercado propriamente acho que ainda não existe, mas isso não é exclusividade dos quadrinhos no Brasil, pois em vários outros segmentos culturais não existe também uma estrutura financeira que dê sustentação material a todos os envolvidos nos processos criativos. Por outro lado, em termos de produção e qualidade vivemos um período profícuo e empolgante.
Eloy artes: Quais personagens gostaria de desenhar um dia fora os seus?
O Vira Lata, do Paulo Garfunkel e Libero Malavoglia
Eloy artes: Para você oque é mais importante em uma historia a narrativa ou o desenho?
Narrativa em primeiro lugar e um desenho que expresse as necessidades da narrativa.
Eloy artes: Qual sua rotina de trabalho você curte trabalhar com música ou no silencio?
Prefiro trabalhar pela manhã que é quando o trabalho flui melhor. Ouço muita música quando estou desenhando, mas para escrever prefiro o silêncio.
Eloy artes: Deixe uma mensagem para o mundo?
Viva agora, morra depois!
Abração!
https://carolinaemhq.tumblr.com/
+55 11 992 880 109







Entrevista com Alexandre Morais
Pintor, Caricaturista,escultor, Professor e Desenhista.
Eloy artes: Como e quando você começou a desenhar e pintar?
Alexandre: Bom, desde de criança já fazia meus rabiscos, e quando desenhava era incentivado pela família sempre, isto para mim foi um ótimo gatilho para que eu já começasse a trilhar meu caminho das artes.
Eloy artes: Quais suas influencias como artista ?
Alexandre :Sempre tive como influencia nas histórias em quadrinhos, a turma da Mônica e super heróis desde criança me trouxe alegria em desenhar e pintar, assim conforme fui conhecendo mais o mundo das artes plásticas vieram Modigliani, da Vinci, Portinari e entre outros como referencia. sempre gostei da ilustração, do colorido e do traço a lápis , que de criança trago até hoje em meus trabalhos.
Eloy artes: Fale um pouco sobre seus projetos?
Alexandre : Bom, venho me manifestando artisticamente no projeto "PRAÇA VIVA" que ocorre quinzenalmente na praça St Teresinha em Taubaté. Também dou aulas de modelagem e desenho em lápis de cor no Centro cultural "Toninho Mendes" em Taubaté. Em relação aos meus desenhos tenho feito algumas exposições e apresentações de caricaturas em eventos, como casamentos e aniversários.
Eloy artes: Que dicas você pode dar para quem quer iniciar no desenho e na pintura?
Alexandre : Minha dica é sempre fique em movimento com a arte, desenhe de tudo e a qualquer hora, pratique sempre como se fosse uma brincadeira, e brincando com seus traços você irá evoluindo.
Eloy artes: Você estudou em alguma escola?
Alexandre: Tenho formação técnica na escola Maestro Fego Camargo e curso superior em Artes Visuais pela Unitau Ead.
Eloy artes: .Como você tem visto o mercado da arte no Brasil?
Alexandre : O artista Plástico tem um caminho duro , se manter pró-ativo as necessidades do mercado é um desafio entre oque é tendência e oque você gosta de fazer, aliar essas duas coisas te ajuda a construir seu perfil profissional.
Eloy artes: Oque você acha da arte contemporânea e academica nos dias de hoje ?
Alexandre : A arte é muito dinâmica e esta sempre mudando de direções, e esse dinamismo traz uma multipluridade de técnicas e tendências que nos rodeia de informações, a duas vertentes tanto o contemporâneo quanto o acadêmico existe suas divisões que parte do básico até o aprofundamento e a sensibilidade da técnica. E isso para mim é valoroso, quando você se depara para uma obra, tanto o contemporâneo ou acadêmico com uma pura sensibilidade seu tema a sua técnica e te faz refletir sobre qualquer aspecto.
Eloy artes: Com qual técnica prefere trabalhar ?
Alexandre: Hoje estou trabalhando mais na modelagem e no desenho a lápis de cor .
Eloy artes: Você curte pintar no silencio ou ouvindo musica?
Alexandre : A música pra mim é um catalizador, me traz um dinamismo em minha arte.
Eloy artes: Deixe uma mensagem para o mundo?
Alexandre : Que a Arte sempre possa te mostrar oque o mundo tem de melhor, a refletir ao que temos de pior, a vivenciar nossa própria existência e a valorizar as coisas singelas, o amor, a vida, o outro e seu interior.
Entrevista com
Douglas Franchini







Eloy artes: Como e quando você começou a desenhar?
R: Comecei a desenhar por volta dos 4 anos de idade. Minha mãe, ao reparar que eu gostava de desenhar, deixou de comprar livros de colorir e passou a comprar cadernos de cartografia.
Eloy artes: Quais suas influências ?
R: Minhas influências são Bryan Hitch, Steve McNiven, Stuart Immonen e Adam Hughes.
Eloy artes: Fale um pouco sobre seus projetos?
R: Na CCXP 2018 irei lançar meu primeiro trabalho autoral, intitulado "Sem Palavras".
Em Sem Palavras, o leitor irá testemunhar o cataclismo na vida de um menino feliz que se vê
diante de uma situação inimaginável que o marcará para o resto da vida. Acessível à todos os públicos, afinal, é um quadrinho mudo, Sem Palavras aborda um tema sensível à todos: família!Sendo o leitor peça fundamental na interpretação das ações e situações nas quais os personagens estão envolvidos.
A HQ será vendida na mesa D38!
Eloy artes: Que dicas você pode dar para quem quer ser um desenhista de quadrinhos ou ilustrador?
R: A dica de sempre é desenhar muito, e se possível, desenhar todos os dias. Estudar não somente o desenho, mas também a história da indústria de quadrinhos.
Eloy artes: Você estudou em alguma escola?
R: O grosso eu aprendi sozinho comprando aquelas revistas de "Como Desenhar", vendidas em bancas. Entrei em escola de desenho um pouco tarde. Hoje, eu mesmo eu ministro meu próprio curso de quadrinhos, todos os sábados em Mogi das Cruzes.
Eloy artes: .Como você tem visto o quadrinho nacional qual sua opinião sobre o mercado?
R: Eventos como a CCXP, FIQ, Fest Comix e a premiação HQ MIX são os grandes incentivadores do mercado nacional de quadrinhos, e hoje, com as redes sociais e financiamento coletivo, o quadrinho nacional ganha bastante visibilidade! Obviamente essa visibilidade e ganho de espaço no mercado gera uma concorrência avassaladora.
Eloy artes: Quais personagens gostaria de trabalhar?
R: Quando criança eu sempre quis desenhar o Homem-Aranha, mas hoje, como encaro o mercado de quadrinhos como uma profissão como qualquer outra, não me prendo à querer desenhar um personagem específico. Na verdade, uma das graça desta profissão é justamente poder desenhar as mais variadas coisas. Em um mês você pode desenhar um quadrinho sci-fi cheio de alienígenas, soldados de armadura e naves espaciais, e no mês seguinte desenhar uma equipe de mutantes que soltam raios pelos olhos e ejetam garras das mãos.
Eloy artes: Para você o que é mais importante em uma história a narrativa ou o desenho?
R: Sem dúvida nenhuma, a narrativa. Quadrinhos é narrativa, o desenho é meramente a ferramenta com a qual você vai construí-la.
Eloy artes: Qual sua rotina de trabalho você curte trabalhar com música ou no silêncio?
R: Eu costumo trabalhar sempre ouvindo alguma coisa, geralmente escuto Jornal Jovem Pan durante a manhã e sigo ouvindo a programação pelo resto do dia.
Eloy artes: Como é trabalhar para as editoras Americanas?
R: Depende da editora, mas em geral, é tranquilo. Os editores costumam ser bastante solícitos e gentis.
Eloy artes: Qual seu personagem preferido?
Homem-Aranha.
Eloy artes: Deixe uma mensagem para o mundo?
R: Na verdade a frase que eu tenho não é minha, mas do filósofo Nietzsche: "Temos a arte para não morrer da verdade."
https://www.dgfranchin.com/x-men
Entrevista com artistas
Laudo Ferreira














LAUDO FERREIRA
ilustrador e quadrinhista
Roteirista e desenhista, atuante há muitos anos no cenário dos quadrinhos no Brasil, transitando entre o cenário independente e editorial. Ao longo de sua carreira já ganhou vários prêmios da área, como HQ Mix e Ângelo Agostini, tanto como desenhista ou roteirista, como por seus trabalhos, destacando "Yeshuah Absoluto", "Cadernos de Viagem" e a minissérie "Depois da meia-noite".
Entre seus inúmeros trabalhos lançados, os que mais se destacam por sucesso entre leitores e críticas, estão a trilogia de álbuns "Yeshuah", "História do Clube da Esquina", "Cadernos de Viagem", a série da personagem Tianinha, e as adaptações de "Auto da barca do inferno" e do filme "À meia-noite levarei a sua alma".
Paralelo à sua carreira nos quadrinhos, trabalha há mais de vinte e cinco anos como ilustrador, desenvolvendo ao longo de todo esse tempo trabalhos para algumas agências de publicidade como Beckerman, Meio & Mensagem, além do mercado editorial, ilustrando revistas como "Sexy", "Playboy", "Set", "Pesca & Cia" e "Alternativa".
PRINCIPAIS PRÊMIOS
2017 - HQ Mix de Melhor Roteirista Nacional por "Yeshuah absoluto", "Cadernos de Viagem" e a adaptação de "Zé do Caixão".
2014 - HQ Mix de Melhor Desenhista Nacional por "Yeshuah- Onde tudo está"
2014 - Ângelo Agostini de Melhor Lançamento Nacional por "Yeshuah - Onde tudo está"
2009 - Ângelo Agostini de Melhor Roteirista Nacional
2008 - Ângelo Agostini de Melhor Desenhista Nacional
2008 - HQ Mix de Melhor Publicação Independente Especial por "Depois da Meia-Noite"
2007 - Ângelo Agostini de Melhor Desenhista Nacional
1996 - HQ Mix de Melhor Lançamento Nacional por "À meia-noite levarei a sua alma"
Eloy artes: Como e quando você começou a desenhar?
Laudo:Sou autodidata e desenho desde pequeno, não me recordo com exatidão com que idade comecei no desenho, mas era criança mesmo, coisa de uns oito ou nove anos, acredito, e já eram Histórias em Quadrinhos, ou algo que se possa chamar
De "Histórias em Quadrinhos", pois era uma coisa narrada, sequencial. Lembro-me de desenhar em revistas da minha mãe, até uma luxuosa edição da Bíblia que ela teve, foi vítima de meus rabiscos.
Eloy artes: Quais suas influências?
Laudo:No início Alex Raymond, Al Capp, Nico Rosso, este último foi fundamental para mim, muito. Depois vieram Moebius, Guido Crepax, Angeli, Laerte, muita gente. Tenho muita influência de literatura e cinema e isso vem se acentuando de alguns anos para cá. Caras como Alejandro Jodorowsky, de quem sou tremendamente fã, Pasolini, me influenciam muito com sua estética de cinema, o qual tento transpor alguma coisa para os quadrinhos. Trabalhos como a trilogia Yeshuah, "Cadernos de viagem" e mais recentemente "O santo sangue", são alguns exemplos.
Eloy artes: Fale um pouco sobre seus projetos?
Laudo:Meu mais recente trabalho que está quase saindo do forno, é "O santo sangue", feito em parceria com o artista Marcel Bartholo nos desenhos, eu fiquei no roteiro. O álbum será lançado durante a Bienal de Quadrinhos de Curitiba que acontecerá de 6 a 9 de setembro, pela Jupati Books, selo de quadrinhos da Editora Marsupial. Trata-se de uma hq que traz já alguns elementos comuns em meus quadrinhos, como o místico/espiritual e realidade fantástica. Nessa história, um velho matador é contratado por um fazendeiro para dar cabo na vida de um ex-funcionário de sua fazenda que supostamente seduziu sua filha deixando nela um tipo de maldição: todos os dias essa garota sangra como uma menstruação e esse sangue por um mistério não descoberto, tem a qualidade de curar as pessoas. Esse dom da jovem acaba atraindo uma verdadeira romaria de pessoas carentes à fazenda, todos na busca de uma cura para suas enfermidades através do contato com aquele sangue. Trata-se de uma história numa levada quase como de um "causo", onde realidades, crenças e fé, são colocadas a prova.
"O santo sangue" é minha primeira parceria com o Marcel Bartholo, que realizou um trabalho estupendo e as pessoas logo poderão conferir isso. Ainda este ano devo lançar, provavelmente durante o CCXP, a terceira edição da revista da Tianinha . Para esse ano de 2018 fico nisso.
Eloy artes: Que dicas você pode dar para quem quer ser um desenhista de quadrinhos ou ilustrador?
Laudo:Não há muito o que dizer a não ser: faça, produza! O melhor aprendizado é sentar na prancheta, diante do computador, tablete, ipad, seja lá qual for sua ferramenta e produzir e levar o que foi feito para as pessoas conhecerem. Dar sua cara a tapa ou carícias. E se não ficar bom, continue, aprenda com erros e acertos. Coisas obvias, mas de sentido básico para quem está começando.
Eloy artes: Você estudou em alguma escola?
Laudo:Não. Quando comecei com desenho e fui me enveredando pelos alternativos, não existiam tantas escolas de desenho como hoje e fui na coisa do "eu mesmo". Tive a honra de conhecer muito cedo grandes mestres e seres humanos como Júlio Shimamoto e Jayme Cortez, com quem a troca de ideias, os bate-papos foram fundamentais e aulas de arte e vida. E depois poder olhar originais desses caras, por si só já é um aprendizado. Mas claro, que muita coisa estudei em casa, muito sobre a história da arte seus artistas. Leio muito, literatura, poesia, muito. Tudo é estudo e o artista, o criador, não deve se alimentar só do referente à sua arte.
Eloy artes: Como você tem visto o quadrinho nacional qual sua opinião sobre o mercado?
Laudo:O Brasil está passando por uma crise muito séria e o mercado editorial e de livrarias, especificamente falando, também, claro, porém, a produção de hq's nacionais de certa forma vem mantendo seu ritmo, principalmente por causa dos autores independentes e as pequenas editoras. Sinto que se aprendeu a fazer quadrinhos, aprendeu-se a contar histórias, criamos um jeito brasileiro de fazer hq's, claro que com muitas influências exteriores, mas isso acontece em todo lugar. O que despertou, por conseguinte o interesse de alguns editores de outros países como Portugal, Estados Unidos, Polônia, entre outros tantos. Temos nossa marca e sabemos falar muitíssimo bem de diversos assuntos, com maestria. Acredito que mesmo com a atual situação do país, será difícil o do quadrinho brasileiro voltar a como era por exemplo, nos anos oitenta e noventa. Tem muita, muita gente produzindo e produzindo coisa muito boa.
Eloy artes: Quais personagens gostaria de desenhar um dia fora os seus?
Laudo:Não tome com presunção de minha parte, mas nunca tive esse pensamento. Minha cabeça desde sempre foi muito prática, portanto não criei pensamentos de um dia, quem sabe, desenhar este ou aquele personagem, não tenho mesmo, estaria mentindo se indicasse algum. Já cheguei a desenhar alguns personagens como o John Constantine para o livro homenageando os vinte anos da Vertigo no Brasil, "Vertigo - além do limiar", ou o Dick Tracy para a exposição e posteriormente o livro "Ícones dos quadrinhos", mas foram pedidos, encomendas, então é outra coisa, o que não quer dizer que não desenhei com satisfação.
Agora, há alguns grandes livros, clássicos, que gostaria de desenhar, fazer minha releitura, como "Drácula", "O médico e o monstro", algumas obras do Balzac, quem sabe um dia.
Eloy artes: Para você o que é mais importante em uma história a narrativa ou o desenho?
Laudo:Tudo. Se combinado, se tem uma obra perfeita.
Eloy artes: Qual sua rotina de trabalho você curte trabalhar com música ou no silêncio?
Laudo:Acordo entre seis e seis e meia, tomo meu café, fazendo minha leitura, quadrinhos ou livro e oito horas vou para prancheta ou computador e nessa vou até o final do dia, cinco horas, pego meu moleque na escola, se o tempo está ok, joga um futebolzinho com ele, janto com a família e dependendo da necessidade faço um
horário noturno até meia noite/uma hora. Escuto muita música, ouço muitas entrevistas, documentários, diversas coisas. Dependendo da hq que estou trabalhando, costumo ouvir músicas que remetam ao assunto para ajudar no clima, na inspiração, no rimo. Quando fazia o Yeshuah ouvia muita música judaica, africana, árabe, muçulmana, da Mauritânia, música sufi, hindu... uma salada mística... quando estou desenhando as hq's da Tianinha ouço um pouco desses temas misturados com funks e soul music dos anos setenta. Enfim, tempero meu ouvido e meus desenhos com muita música.
Eloy artes: Deixe uma mensagem para o mundo?
Laudo:Tenhamos um pouco mais de calma.
https://laudoferreira.com/blog/
(Força sempre)
Entrevista com artistas
- Kleber Marcelino

Formado em Especialização em Artes Visuais pelo SENAC de Curitiba-PR e curso de Artes Plásticas em nível técnico pela Escola Municipal de Artes Maestro Fêgo Camargo de Taubaté-SP. Instrutor de Artes Plásticas no Centro Cultural de Taubaté-SP. Destaque para as oficinas de pintura e livro objeto nos SESC de São José dos Campos e Taubaté, e em cidades como Curitiba e Lapa-PR. Como artista plástico, utiliza em sua produção suportes como papel ou tela, investigando a relação que as formas de figuras se comportam em composições pictóricas. Participou do grupo de acompanhamento com a Artista Roberta Tassinari em São Paulo (2017) e do curso de formação em arte contemporânea do Prêmio Edp nas Artes 2014 em Taubaté com o professor e artista visual Carlos Barmak. Integrou exposições coletivas, dentre elas: 46º Salão de arte Contemporânea Luiz Sacilotto de Santo André; Mostra de Arte da Juventude do SESC de Ribeirão Preto, São Paulo (edições de 2012 a 2014); II Fórum Mundial da Educação Profissional, 2012 em Florianópolis; IV Mostra de Artes Visuais do SENAC de Curitiba, Paraná, 2010.
Eloy artes: Como e quando você começou a desenhar e pintar?
Kleber Marcelino:Comecei a desenhar ainda na infância, assistindo TV e reproduzindo os personagens assistidos no papel. Mas só fui levar mais a sério na adolescência, aos 13 anos, quando buscava um caminho para interagir mais na escola, e ao montar uma pasta com meus desenhos, fui me socializando e descobrindo potencial pra as artes.
Eloy artes: Quais suas influencias como artista ?
Kleber Marcelino:No ensino fundamental, fui apresentado a artistas da era moderna como Picasso e Van Gogh, que me fascinaram. Com o passar dos anos, e com cada vez mais estudos, fui me interessando por artistas contemporâneos e instalações artísticas como as obras de Mira Schendel e Regina Siveira. Gosto de pesquisar artistas brasileiros das ultimas décadas, como Paulo Pasta, Pedro Varela, Ana Elisa Egreja, Vitor Mizael. Gosto da colocação da figura no suporte artístico, desde a sua apresentação detalhada até sua anulação, chegando a manchas, texturas e/ou sombras.
Eloy artes: Fale um pouco sobre seus projetos?
Kleber Marcelino:Ao me formar no curso técnico da Escola Maestro Fego Camargo em Taubaté, me vi buscando uma direção na produção do meu trabalho. Mas, foi ao término da minha especialização em artes visuais pelo SENAC de Curitiba, que o meu trabalho caminha numa pesquisa, buscando sempre seu amadurecimento de ideias. Interessado pelas sombras e pela colocação da figura na pintura, minha produção passou por várias séries (produção de quadros que seguem um mesmo raciocínio de produção). Atualmente trabalho com a série "compos(a)cão" que lida em "compor" imagens num suporte(papel ou tela), seja com desenho, pintura ou recorte, e a junção delas ajudam a formar uma "ação", que podem dar novos significados a figura inicialmente referente.
Eloy artes: Que dicas você pode dar para quem quer iniciar no desenho e na pintura?
Kleber Marcelino:Para qualquer um que queira começar nas artes, seja desenho ou pintura, só há uma maneira: Faça já sua arte! Comece da maneira que puder, rabisque e não tenha medo de errar. Eu erro muito no meu fazer artístico, e são justamente eles que são gatilhos para minhas melhores produções. Se puder fazer um curso ou acompanhamento de alguém do meio, sempre melhor, pois poderá evoluir ouvindo e aprendendo como novas experiências.
Ah, esqueça essa história de dom, por que eu não tenho. Tudo que consegui na arte foi por meio de muita pesquisa, muitas tentativas, e ainda estou aprendendo.Eloy artes: .Como você tem visto o mercado da arte no Brasil?
Kleber Marcelino:Quanto ao mercado de arte no Brasil, parece que tem seus altos e baixos. Como a pintura, que ora gera interesse, ora é vista com desprezo. São Paulo ainda é a capital desse mercado, com as maiores feiras, que geram vendas, inclusive de artistas novatos. Mas, o mercado se renova com espaços independentes, geridos muitas vezes por artistas, que estão conseguindo a atenção de que quer investir em novos e potenciais artistas.
Eloy artes: Oque você acha da arte contemporânea nos dias de hoje ?
Kleber Marcelino:A arte contemporânea é toda arte produzida hoje, Da Vinci foi contemporâneo a sua época. Caravaggio também. Isso sempre será uma discussão. A arte hoje é mais plural: de formas, de sentidos, de suportes. Mas mesmo assim, ela acaba por se organizar, de criar regras, que no fim, busca associar se aquilo que é apresentado se encaixa numa formulação técnicas. SE o acadêmico tem a presença do equilíbrio na composição, luz e sombra, no contemporâneo têm a questão da pesquisa envolvida, do uso de materiais, e mesmo a formação do artista. A produção dita contemporânea pode trazer novos sentidos, além do olhar e contemplar, mas interagir, entrar na obra, fazer parte dela, ser a obra. O artista é uma das pontas no processo, mas quem está do outro lado já não é um mero observador.
Eloy artes: Com qual técnica prefere trabalhar ?
Kleber Marcelino:Trabalho com diversas técnicas, como desenho, pintura e recorte. Cada um tem sua singularidade e uso para melhor conseguir a ideia pretendida. Atualmente estou gostando do uso do giz oleoso sobre papel. E sempre gosto de pintar ouvindo músicas, como as instrumentais, me ajudam a organizar o pensamento.
Eloy artes: Deixe uma mensagem para o mundo?
Kleber Marcelino:Fazer arte é vontade, é perseverar. Pode parecer uma frase de autoajuda, mas desenhar ou pintar tem haver com esforço, dedicação e interesse. Você vai passar o tempo todo aprendendo, e isso é o que faz dela algo maravilhoso de trazer para a vida.
Eloy artes( Força sempre)
Entrevista com artistas
Samuel Sajo






Eloy artes: Como e quando você começou a desenhar?
Samuel : Meu pai sempre rabiscava num papel uns pássaros. Era uma arte bem naif. Lembro sempre pedia pra ele me ensinar bem na hora que ele queria assistir futebol. Eu odiava futebol e queria ficar enchendo o saco dele. Nos anos 80 papel era caro pra gente e eu desenhava nas paredes de casa, pra desespero de minha mãe que me proibia. Tinta de parede também era bem cara rs. Lembro-me que minha mãe lavava aqueles plásticos quadriculados que usávamos nas carteiras de escolas. Assim ela criou a minha primeira tablet. De lá pra cá foram muitas desistências e resiliências.
Eloy artes: Quais suas influencias?
Samuel: Tradd Moore, Lourenço Mutarelli, Yusuke Murata, Todd McFarlane, Becky CLoonan, Lepoldo Alves, RadioHead.
Eloy artes: Fale um pouco sobre seus projetos?
Samuel: Fui quadrinista da Revista MAD por três anos e em paralelo participei do Coletivo Escape de SP nesse mesmo período.
Em 2015 me enveredei para o terror e lancei na CCXP a HQ InSano com roteiros de Fernando Barone, e com o mesmo em 2017 criamos a Revista Despacho. Esta é uma coletânea de horror trash lançada pela Editora Draco.
Participei esse ano da Revista Refluxo, onde abordamos temas SCI-FI. Acredito que ela tende a crescer, pois a galera envolvida é muita talentosa.
Hoje estou com a HELLDANG em parceria com meu amigo Airton Marinho, que iremos lançar a segunda edição na CCXP desse ano. Essa é uma série que estamos produzindo juntos sobre um caminhoneiro ocultista que "ajuda" uma banda de rock a fazer um pacto com demônios. Temos ainda algumas surpresas pra esse título que estamos trabalhando pra 2019.
Eloy artes: Que dicas você pode dar para quem quer ser um desenhista de quadrinhos ou ilustrador?
Samuel: Bom eu continuo tentando, rs. Trabalhando e me dedicando dia a dia, eu espero chegar lá junto com vocês.
Eloy artes: Você estudou em alguma escola?
Samuel: Opa! Estudar sempre! Frequento a Quanta Academia de SP, fiz cursos maravilhosos com o Weberson Santiago, Otavio Cariello e outros. Mas destaco um que fiz com Lourenço Mutarelli em 2013. Ele me abriu as portas pros quadrinhos. Elas estavam fechadas, mas apenas dentro da minha cabeça.
Eloy artes: .Como você tem visto o quadrinho nacional qual sua opinião sobre o mercado?
Samuel: Cara, está acontecendo! Claro que nas proporções atuais de nosso país, mas está acontecendo! Não acredito mais que seja somente uma cena. Hoje já existe uma pequena mídia e que está ajudando muito!
Os editores estão fazendo um ótimo trabalho, pois muitos são apaixonados por quadrinhos, e isso conta muito!
Também não é um mar de rosas, e muitas coisas não são nada boas.
Acho que muito da culpa é nossa, do autor que espera muito ser valorizado, mas não se valoriza. E isso é aprendizado!
Eloy artes: Como esta sendo para você ser indicado ao premio HQ MIX como desenhista revelação?
Samuel: Cara, fiquei muito feliz! Comecei a receber parabéns dos meus amigos via mensagens e não estava entendendo nada rs.
Depois que a ficha caiu, parei pra analisar tudo isso e vi que preciso trabalhar mais pra fazer por merecer sempre estar ao lado de tanta gente boa! Estar ali é uma puta vitória!
Eloy artes: Deixe uma mensagem para o mundo?
Samuel: Bom, eu não vivo da minha arte. Tenho outro trabalho fixo em uma fábrica. Faço quadrinhos porque eu gosto e me encontrei. Fiz muitos amigos no meio e adoro estar ali, com essa turminha batendo papo, tomando um café, bebendo uma cerveja e comendo sordas.
Façam algo que deixem vocês em paz consigo mesmo!
https://samuelsajo.tumblr.com/
https://www.instagram.com/samuelsajo/
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- Biografia
Aparecido Campos Vulgo Cidão ( Isabelense) conterrâneo do criador da turma da Mônica. Iniciou em jornais semanais aos 14 anos com o ex jornalista do jornal do jornal o estadão o Roberto Drumond e jornais diários da região atualmente faz trabalhos sociais e vende suas revistas independentes. Maiores contatos 11.943555.403.

Eloy artes: Como e quando você começou a desenhar?
Aparecido: Comecei a desenhar desde criança foi amor a primeira vista é um casamento de 38 anos até hoje.
Eloy artes: Quais suas influências?
Aparecido: Minhas influências são um pouco de tudo do cartoon a vários estilos. Não gosto de ficar só em um estilo sou nômade nos traços.
Eloy artes: Fale um pouco sobre seus projetos?
Aparecido: Meu objetivo é tirar das ruas crianças carentes com a única finalidade, aprendendo a desenhar. Mais claro, ninguém é obrigado entrar no meu projeto. Crianças que gostam de desenhar a arte é livre. Sou apadrinhado por amigos ai faço uma HQ com a participação deles e nisso mantenho o projeto Desenhar.
Eloy artes: Que dicas você poderia dar para quem quer ser um desenhista?
Aparecido: Não ficar almejando sucesso de cara ou se aventurar nessa arte para ganhar dinheiro de cara. Esqueça se você ama desenhar, siga, flua, o dinheiro é consequência e um fruto a amadurecer.
Eloy artes: Deixe uma mensagem para o Mundo.
Aparecido: Viva intensamente apaixone se. Faça o que ama no que você é melhor o importante é ser feliz.
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